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Como surgiram os brinquedos, os jogos e as brincadeiras tradicionais

Alguns brinquedos, jogos e brincadeiras tradicionais entre as crianças brasileiras possuem origens surpreendentes, oriundos tanto dos povos que contribuíram para a formação da nossa civilização – como os indígenas, os colonizadores europeus e os africanos – quanto de culturas distantes, como a do Oriente.

Apesar do avanço da urbanização, industrialização e informatização, muitas dessas práticas lúdicas correm o risco de serem esquecidas. No entanto, a peteca, a amarelinha, a ciranda, a pipa e a cama de gato destacam-se pelo seu valor cultural inestimável, garantindo assim um lugar cativo no folclore brasileiro.

Brinquedos Tradicionais

surgiram os brinquedos

Os brinquedos tradicionais têm raízes ancestrais e são encontrados em diversas culturas, sendo frequentemente elaborados com materiais naturais, como madeira, pedra, barro e tecido, muitas vezes de forma artesanal. Esses brinquedos, por sua simplicidade, estimulam a imaginação e o desenvolvimento motor das crianças.

Um exemplo emblemático é a boneca de pano, presente há séculos e geralmente confeccionada à mão. Além disso, carrinhos de madeira, piões, petecas, bolas de gude e pipas são outros exemplos de brinquedos tradicionais que atravessaram gerações.

Jogos Tradicionais

Os jogos tradicionais são formas de entretenimento que envolvem competição, estratégia e interação social, sendo transmitidos de uma geração para outra e frequentemente praticados ao ar livre. Tais atividades estimulam habilidades como raciocínio, coordenação motora e trabalho em equipe.

Um exemplo clássico é a amarelinha, que requer pular em um desenho traçado no chão, seguindo uma sequência numérica. Outro exemplo é a queimada, na qual duas equipes se enfrentam com o objetivo de acertar os jogadores adversários com uma bola.

Brincadeiras Tradicionais

As brincadeiras tradicionais são formas recreativas de atividade que geralmente dispensam regras ou competições. Elas surgem de maneira espontânea, promovendo a criatividade, a imaginação e a interação social. Transmitidas oralmente, muitas vezes são acompanhadas de cantigas e danças.

Um exemplo clássico é a ciranda, na qual as crianças se reúnem em uma roda, cantando e dançando juntas. Outra brincadeira comum é a cabra-cega, na qual uma pessoa, de olhos vendados, tenta capturar as outras participantes.

Preservando as Tradições

É crucial manter viva a tradição dos brinquedos, jogos e brincadeiras tradicionais, pois eles representam parte fundamental da identidade cultural de um povo. Além de proporcionarem momentos de diversão e aprendizado, essas atividades contribuem para o desenvolvimento das crianças.

Para preservar essa riqueza cultural, é indispensável que pais, avós e educadores transmitam essas práticas às novas gerações. Além disso, é possível contar com o apoio de associações e grupos dedicados à promoção e valorização dos brinquedos e jogos tradicionais, por meio da realização de eventos e oficinas.

Num mundo cada vez mais dominado pela tecnologia, resgatar e valorizar as brincadeiras e jogos tradicionais torna-se essencial, proporcionando momentos de interação e diversão tanto para crianças quanto para adultos. Afinal, essas atividades são parte intrínseca de nossa história e cultura.

Peteca

Ao desembarcarem no Brasil, os portugueses testemunharam os índios se divertindo com uma espécie de saco feito de folhas, recheado com pequenas pedras e amarrado a uma espiga de milho, conhecido como peteca, termo tupi que significa “bater”.

Essa prática lúdica foi transmitida ao longo das gerações e, ao longo do século 20, evoluiu para se tornar um esporte, com a definição de regras e a organização de torneios oficiais.

Amarelinha

Esta atividade, tão arraigada na tradição das crianças brasileiras, recebe também outros nomes como maré, sapata, avião, academia, macaca, entre outros.

A amarelinha clássica é desenhada no chão com giz, apresentando uma configuração em forma de cruz, acompanhada de um semicírculo em uma das extremidades, onde se insere a palavra céu, lua ou cabeça.

Seguem-se a casa do inferno (ou pescoço) e a área de repouso, conhecida como braços (ou asas), onde é permitido equilibrar-se sobre ambos os pés. Por fim, a região do corpo (ou quadrado) completa o desenho.

Cama-de-gato

A cama-de-gato é uma brincadeira utilizando um pedaço de barbante, na qual se entrelaça o cordão entre os dedos das duas mãos, criando e modificando as figuras formadas.

Com origens provavelmente asiáticas, essa atividade é praticada em várias regiões do mundo. Uma versão mais atual envolve o uso de elástico trançado com as pernas.

Cinco Marias

Também conhecido como três Marias, jogo do osso, onente, bato, arriós, telhos, chocos, nécara, entre outros nomes, este jogo de origem pré-histórica pode ser praticado de várias formas.

Uma delas consiste em lançar uma pedra para o alto e, antes que ela caia, pegar outra peça. Em seguida, tenta-se pegar duas, três ou mais, mantendo todas as peças na mão.

Na antiguidade, os reis praticavam com pepitas de ouro, pedras preciosas, marfim ou âmbar. No Brasil, é comum jogar com pedrinhas, sementes, caroços de frutas, ossos ou saquinhos de pano cheios de areia.

Pipa

Pipa, papagaio, arraia, raia, quadrado, pandorga… As pipas tiveram sua origem na China, cerca de mil anos antes de Cristo, sendo inicialmente utilizadas como meio de comunicação e sinalização entre campos, devido à capacidade de transmitir mensagens através de sua cor, desenho ou movimento.

Os chineses eram especialistas na construção de pipas grandes e leves. A partir da China, elas se difundiram para o Japão, Índia e, posteriormente, para a Europa, antes de chegarem ao Brasil trazidas pelos portugueses.

Entre os tipos mais conhecidos de pipa estão aquelas de três varas, de cruzeta e de caixa, cuja confecção requer apenas algumas folhas de papel, varinhas e linha.

Ciranda

A popular dança infantil em roda, reconhecida em todo o Brasil, teve sua origem em Portugal, onde era praticada como um bailado por adultos. Similar a ela está o fandango, um baile rural comum até meados do século XX nas áreas rurais do Rio de Janeiro (Parati) e São Paulo, onde homens e mulheres formavam rodas concêntricas, com os homens no interior e as mulheres na parte externa.

Os versos que inauguram a ciranda infantil são amplamente conhecidos até os dias atuais: “Ciranda, cirandinha/ Vamos todos cirandar/ Vamos dar a meia volta/ Volta e meia vamos dar”. Além disso, existem variações regionais que complementam esses versos, como “O anel que tu me deste/ Era vidro e se quebrou./ O amor que tu me tinhas/ Era pouco e se acabou”.

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